31 de julho de 2009

Esconderijo

Desde a primeira vez que ouvi essa música, gostei muito. Pode parecer meio bobinha, mas é tão doce que me eterneceu a alma. Depois, procurei conhecer melhor Ana Cañas, sua autora e intérprete, e gostei de muitas outras. Pronto, fiquei inspirada...



O vídeo original da música foi retirado do You Tube devido à reivindicação de direitos autorais Sony Music Entertainment, mas eu usei este aqui:

29 de julho de 2009

Os anônimos...

... e seus comentários maravilhosos!
Tem muita gente que lê meu blog, mas poucos fazem comentários. Recebi alguns muito engraçados e outros misteriosos. Mas, se cada anônimo que comentasse uma postagem minha tivesse a intenção de trocar, realmente, uma idéia a respeito, deixaria um meio de contato. Não sei editar este blog como gostaria, e confesso a minha preguiça para tentar entender como funcionam as configurações. Talvez até haja uma forma da pessoa postar um comentário e ser automaticamente identificada através do e-mail. Mas isso talvez inibisse quem quisesse ficar no anonimato total, e eu não gosto de forçar nada. Portanto, por mais que eu ache o máximo um comentário e queira evoluir na troca de figurinhas, o blog vai continuar do jeito que está. Se o anônimo resolver se expor, pode deixar um e-mail que eu prometo entrar em contato. Se não, que permaneça observando, quem sabe um dia ele crie coragem e saia do armário?

25 de julho de 2009

O caranguejo, a rosca, o aipim e afins

Esse texto é sobre os vendedores de rua, os ambulantes, mesmo, aqueles que perambulam pela cidade vendendo seus produtos. É certo que contribuem, e muito, com a poluição sonora, mas alguns, sem dúvida, são extremamente exóticos. Nem tanto pelo visual, mas pela voz e a maneira como divulgam aquilo que vendem.
Lembro das primeiras vezes que ouvi o cara da pamonha. Era um carro de som, uma Brasília, acho, e aquele texto da "pamonha fresquinha e quentinha" enchia meus ouvidos de curiosidade, porque eu costumava ouví-lo somente perto da minha casa e, de repente, o cara se multiplicou pela cidade. Uma vez eu estava ao telefone com uma amiga e ele passou na minha rua, mas ao mesmo tempo eu o ouvia pela linha lá perto da casa dela!
Antes, só me lembro dele. Depois surgiram outros. Hoje tem o carro do sorvete, do queijo, do camarão e das mantas (que vende mantas para sofá, redes, jogos de copa, passadeiras e sei lá o que mais). O problema é que essa mania de carro de som tornou-se insuportável, e ficou pior ainda quando os políticos, em época de eleição, resolveram fazer uso esse recurso. E também tem o carro que faz a propaganda do supermercado, o carro que divulga uma festa junina na pracinha, enfim. Talvez isso aconteça somente no subúrbio pelo fato de as ruas não terem tanto trânsito, permitindo sua locomoção lenta, com tempo mais do que suficiente para as pessoas poderem ouvir sua "pregação".
Bom, mas deixando os vendedores automotivos, os que vendem a pé são mais interessantes. Quando eu morava na Buarque de Macedo, no Flamengo, escutava um sujeito anunciando algo que eu não fazia idéia do que era. Ele gritava "Ó o aanrreeero! Ó o aanrreeero aêêê!" Eu só descobri quando passei por ele na rua, e ele vendia caranguejo. Muitos caranguejos vivos e amarrados nas duas pontas de um cabo de vassoura que ele apoiava sobre os ombros. Eu o achei tão inusitado, vendendo aquilo numa rua que não era no subúrbio, que até precisei registrá-lo num desenho.
Mas o cara da rosca tem um dom. Minha amiga, moradora do Catete, me falou sobre ele, e um dia eu não só o ouvi como o vi. Carregava um tapeware gigante não sei como, e sua voz era tão ou mais possante que a do caranguejo: "Óia a rrrossssssssssca! Quem vai querer a minha rrrosssssssca?" Pode-se estar no 12º andar que aquela frase é perfeitamente compreendida. Muita gente comprava, visto que além do tapeware enorme ele também levava sacolas, imagino, com roscas suficientes para abastecer o bairro todo e não precisar voltar em casa para repor o estoque por aquele dia.
Agora, aqui onde moro atualmente, tem a mulher do aipim, que também vende couve, cenoura, batata e outros legumes, todos picados. Mas o aipim é o seu carro chefe, muito bem entoado numa voz ultra-possante: "Olha o aipiiiiiiiiiim!" Ela até cita o resto das coisas que vende, mas o aipim é imbatível! Juro que não sei como ela aguenta, andando de cima para baixo, carregada de sacolas pesadas e às vezes debaixo de um sol escaldante sem perder a força da voz. E que voz!
A mim, essas pessoas não incomodam. Eu as vejo como guerreiras, trabalhando no seu sol a sol, artistas da sobrevivência, pois quem sabe essa mulher do aipim, em outra oportunidade que lhe fosse oferecida, não seria uma soprano afinadíssima a cantar numa ópera?
Eu prefiro ouvir dez mulheres dessa trabalhando do que ter que aturar os idiotas que colocam um som altíssimo nos seus carros, param em frente ao seu prédio, saem do carro mas deixam o som ligado no máximo - geralmente um funk - e ainda conseguem conversar.
Quer poluição sonora pior do que essa?

24 de julho de 2009

Amor X Amizade

O que a gente faz com aquele sentimento de amizade que vinha acoplado ao amor, amor esse que um dia tivemos por alguém que namoramos? Era tudo tão bonito que tínhamos a certeza de que o namoro poderia acabar mas aquele alguém seria nosso amigo para sempre. Vejo tantos casais que se dão bem aparentemente, mas enquanto a sós, não rola nenhuma amizade. Já outros parecem inimigos, porém quando um precisa do outro, a amizade é real.
Tudo acontece entre casais. Mas quando o amor é honesto, a amizade vem junto, e perdura quando se rompem os laços carnais.
Porque é tão difícil então, já que amamos tanto, manter uma amizade quando se termina um namoro? Alguém jogou essa pergunta no ar, outra noite, e ficamos meio sem saber a resposta, divagando sobre ela e certamente a procurando dentro de nós. Tarefa ingrata, pois se não sobrou amizade, é porque a coisa terminou feia. E lembrar disso certamente causa dor.
Aí um outro falou sobre o perdão. Perdoar é divino! A pessoa pisa na bola, a gente perdoa e fica tudo bem. O namoro pode até terminar por outros motivos, mas a amizade fica porque perdoamos.
Pessoalmente, não penso muito assim, porque acredito que nem tudo seja perdoável. Posso perdoar uma traição, uma ingratidão, uma mentira, mas o "alguém" precisa admitir, saber que pisou na bola. Do contrário, o que adianta perdoar? Ele faz tudo de novo, e é isso que eu vejo por aí, entre casais, entre amigos ou pais e filhos. Pessoas passando por cima do erro dos outros, sendo magoadas, se ferrando, mas em nome do "perdão", aceitam tudo novamente.
Pensando nisso, respondi que tudo tem um limite, que temos que respeitar nosso amor próprio, que nem sempre as atitudes que o outro escolheu nos fazem bem, e que precisamos seguir nosso próprio caminho. A amizade perdida faz parte de uma série de perdas que temos que enfrentar pela vida, quem nunca sofreu com uma delas?
Prezo pela verdade. Sempre. Mesmo que traga a perda de um namoro, certamente ela dará em troca a amizade. E o que mais dói é saber que aquele alguém que a gente tanto amou, não está nem aí pra isso. Porque não disse a verdade quando poderia e deveria ter dito. Porque se omitiu, planejou aquela desculpa esfarrapada que nos fez um idiota, ou não teve o carinho e o cuidado necessários quando nos viu sofrendo ao descobrir tudo. Ou seja, não respeitou os sentimentos que tínhamos e que poderiam evoluir para algo além do romance.
Por isso é que não dá pra ser amigo de todo mundo que a gente já namorou. A perda da confiança naquela pessoa vem junto com a certeza de que fomos magoados, desrespeitados, ofendidos. Não adianta, isso fica registrado de uma forma que dá medo, até. Se a pessoa não admitiu ou não reconheceu o erro, que sensibilidade ela teria se fôssemos amigos? Que tipo de ser humano pode magoar alguém que o ama e fazer de conta que não foi nada demais? Que espécie de amizade ele nos daria?
Confesso que, a essa altura da minha vida, não creio muito num retorno positivo dessas pessoas. Mas não estou fechada pra elas, sempre há a esperança de que nos tornemos seres melhores, e nesse rol eu as incluo, mesmo estando registrada a sua falta de carinho.
Nunca é tarde para perdoar, assim como nunca é tarde para se reconhecer um erro. O amor e a amizade dependem disso.

21 de julho de 2009

Dia do amigo

O dia do amigo não passou em branco pra mim. Até porque seria impossível, visto que no trabalho houve uma grande mobilização para produzir um café da manhã que mais pareceu uma festa. Hipocrisias à parte, até que gostei do movimento, porém, vejo essa data como uma novidade. O grande babado sempre foi o dia das mães, das crianças, dos pais e, com menos estardalhaço, o dia dos namorados.
Coisas dessa "forçação de barra" que o consumo acaba impondo para tornar alguns dias especiais, que não são feriados e todo mundo quer comemorar. Até uns anos atrás ninguém ligava pro dia do amigo e lembro que minha caixa de e-mails nunca esteve tão cheia de parabéns e mensagens de amizade como este ano.
Bem, não querendo parecer antipática, deletei boa parte delas, até sem ler. E as que eu não quis ler, vieram de pessoas que nem são tão amigas assim. Tenho "amigos" com quem saía muito, conversava muito, mas por alguma razão desconhecida, hoje só me enviam mensagens repassadas e até, um saco, antigas. Essas mensagens, muitas vezes são aquelas chatééésimas, de PowerPoint, em slides, geralmente com um texto filosófico decretando amor, alegria, paciência etc, etc, etc. Tem até os que falam, (engraçado, isso) da tal amizade, porém nunca mais me ligaram pra saber como estou, ou até se estou viva! Mas adoram entupir minha caixa postal...
Conheço gente que casou e nunca mais me procurou. Tenho amigo que surtou, amigo que viajou pra longe, e também conheço gente que eu jurava que seria amiga, mas pisou na bola e aí, já era. Amigos leais, todos nós temos poucos, contamos nos dedos das mãos. E acredito que a amizade muitas vezes existe em determinado momento, mesmo. Naquele momento, na sua vida, você tem um amigo. Depois de um tempo, ele pode ir pra outros ares, viver outra história. Alguém pode dizer que, se ele fosse realmente seu amigo deixaria de lhe procurar? Talvez. Mas procurar pra que? Pra uma farra, um chopp, uma festa, um passeio, ou simplesmente porque terminou um relacionamento e quer alugar o seu ouvido pra desabafar? Conheço gente assim também.
Conheci um cara que dizia que não sabemos se uma pessoa é amiga até comermos um quilo de sal com ela. Concordo plenamente. A lealdade de que falo é aquela em que a pessoa vem a nós quando precisamos, e até sem pedirmos. Ela vem pra ouvir nosso desabafo, vem pra ajudar na nossa mudança, vem pra nos acompanhar a algum lugar que não podemos ir sozinhos, enfim. Mas ela também tem que vir pra gente dançar, jogar conversa fora, se divertir. Amigo é tanta coisa, que não dá pra ficar condicionado a uma mensagem de PPT na tela do computador. Com amigo, não dá pra falar só pelo MSN, tem que, no mínimo, pegar o telefone e ouvir a voz. Mesmo que essa amizade dure apenas alguns meses. Porque, se durante esse tempo, ela não rolar na via de mão dupla, melhor esquecer e dizer que essa pessoa não é sua amiga. Pode até vir a ser, quem conhece o futuro? Agora, se eu for falar de passado, aí a coisa fica complicada, pois o passado muitas vezes nos entristece, quando vemos quantos amigos ficaram por lá. Mas isso é coisa pra comentar mais tarde.

Esse gatinho simpático é do Erlon, um GRANDE amigo do trabalho.

7 de julho de 2009

Reflexões

Gilberto Nucci tem uma excelente imagem a respeito de nosso comportamento. Segundo ele, os homens caminham pela face da terra em fila indiana, cada um carregando uma sacola na frente e outra atrás.
Na sacola da frente, colocamos as nossas qualidades. Na sacola de trás, guardamos os nosssos defeitos.

Por isso, durante a jornada pela vida, mantemos os olhos fixos nas virtudes que possuímos, presas ao nosso peito. Ao mesmo tempo, reparamos impiedosamente, nas costas do companheiro que está adiante, todos os defeitos que ele possui.
E nos julgamos melhores que ele - sem perceber que a pessoa que está andando atrás de nós, está pensando a mesma coisa a nosso respeito.

3 de julho de 2009

As minorias

As minorias

Quero falar hoje sobre as minorias. Aquelas, que uns abominam, que outros delas sentem pena e que outros por elas lutam. Pode ser a
minoria racial, homossexual, social etc. O fato é que eu me senti, dia desses, uma pessoa minoritária. Que a Cris, revisora, me perdoe se eu estiver usando mal este adjetivo, mas foi algo tão louco que, lembrando agora, me fogem as palavras adequadas.
O papo rolava sobre o acidente com o avião que saiu de Paris e caiu na África, e só uma menina sobreviveu. Ficou 12 horas no mar, sem saber nadar bem, com a clavícula quebrada e algumas queimaduras, agarrada a um pedaço da fuselagem.
Pois bem, a primeira exclamação dos falantes sobre o caso foi "um milagre!" E eu ainda ouvi: "É claro que a hora dela não havia chegado. Agora, vai explicar isso pra um ATEU..."
Como assim??? O sujeito que falou isso pronunciou a palavra ATEU como se fosse uma doença...não, pior, uma abominação. Tive a nítida impressão de que ele se referia aos ateus como pessoas desprovidas de qualquer coisa boa, como se fizesem parte do pior que existe sobre a face da terra, e juro que, pra mim, aquilo foi inédito. Já vi discriminação pesada contra homossexualismo, negros, pobres e prostitutas, mas contra um ateu, foi a primeira vez.
Não sei qual a religião do rapaz, mas sei que ele adora encher a cara e ouvir pagode (já vi preconceito contra isso também). Aí eu percebo como estamos, em se tratando de tolerância religiosa. Se antes, católicos, evangélicos e umbandistas se pegavam entre si, agora receio que todos esses se unam contra os que não têm uma religião ou que não acreditem no divino.
Ouvi as considerações exalltadas dele justificando sua opinião, e não consegui pronunciar uma só palavra de contestação, coisa que agradeço muitíssimo à minha psicóloga, pois se não fosse por ela eu já teria engrenado uma discussão. Mas confesso que senti medo, não só da iminente discórdia que se seguiria e poderia terminar em briga, mas da energia agressiva do rapaz. Havia nele uma
convicção doentia, raivosa, até. Eu ainda ouvi um colega contestar, sentindo-se ultrajado pela dureza das palavras do primeiro, mas juro que não tive nenhuma vontade de entrar no ringue. Pelo menos, agora eu sei com quem estou lidando, melhor ficar na minha e evitar desgastes desnecessários. Eu, hein...que meda!!!

Gustavo Alonso
//www.desdelaplastica.com.ar/artes/pintura/artistas/alonso_gustavo

1 de julho de 2009

Not found


Essa eu achei demais!!!
Sabe quando você tem um endereço na mão, procura o lugar mas ele não existe? Já repararam como o Rio tem muita numeração errada ou ruas sem placas, e até com nome errado?
Pois é. Se em cada endereço inexistente houvesse um aviso destes, nosso prefeito talvez se desse conta do que é essa cidade louca.

Dias difíceis



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Temos que nos adaptar aos dias difíceis. Adorei esse trabalho aí de cima, porque às vezes eu pressinto que vou ter um dia desses, e nada mais adequado do que me preparar convictamente pra batalha que me espera. Se eu tiver uma roupa dessas no meu armário, tudo o que posso fazer é rir, mesmo sabendo dos futuros percalços. Mas o que é melhor do que rir na cara do inimigo???

Agora, se depois da briga vc se der bem, vá pra casa e calce uma destas


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