26 de junho de 2009

Absolut bebuns


Pra galera da bebedeira
Essa vai pros amigos que se "descomportam" durante a bebedeira, afinal, quem nunca teve um assim?
Confesso que, por conta disso, coloquei alguns na geladeira, talvez até fiquem numa boa lá dentro, já que, eventualmente, terão a companhia de algumas latinhas de cerveja.
A verdade é que nós temos nossos limites. Eu tenho os meus, tanto pra bebida quanto pra eles, os amigos bebuns mal comportados. A gente aguenta um dia, uma noite, uma festa, mas chega o momento que não dá mais, porque a bebedeira alheia acaba nos comprometendo. Acaba com a nossa noite, nossa dança, nosso papo, nossa paquera... E o que vamos fazer no dia seguinte, se a noite acabou mal?
Deviam fazer uma campanha não somente pra Lei seca, mas pra essas incoveniências que nossos amigos insistem em cometer quando saem com a gente e fazem besteiras quando bebem demais.
Eu tenho uma teoria de que não é o alcool, em si, o responsável absoluto desses acontecimentos. Acredito que ele possa liberar um comportamento bizarro, mas esse comportamento já está na pessoa. Se alguém briga demais quando bebe, talvez tenha a agressividade dentro de si. Talvez essa agressividade, no dia a dia sóbrio, não se manifeste com brigas, mas de forma subliminar.
Não deixo de gostar dos meus amigos mal comportados. Apenas preciso dar um tempo pra poder curtir minhas festas em paz, e pensando nisso, achei esses trabalhos de publicidade por aí, na internet. Tudo a ver.

6 de junho de 2009

Nossa convivência com as posturas alheias



Convivência é uma coisa complicada. Não deveria, mas é, e às vezes, dificílima. Para pessoas que têm um certo "pavio curto", que se estressam com coisas que consideram desagradáveis, erradas ou desrespeitosas, é quase impossível se controlarem para não dizerem o que pensam. Porque, se disserem, vão gerar os conhecidos problemas de inimizade, retaliação, etc. Quem é chamado à atenção não gosta, e não gosta porque quase sempre não tem a noção de que está realmente errado. Alguns vão encarar como perseguição pessoal, outros simplesmente vão deixar prá lá julgando-se corretos, apesar de saberem que não estão, mas por orgulho nunca vão admitir.
Outro dia chamei minha chefe à atenção, ela estava fazendo algo que eu considerei ruim e, principalmente porque estava, na melhor das hipóteses, me atrapalhando. Bastou para que eu me tornasse a inimiga nº 1, aquela que "está querendo derrubá-la".
Como se lida com isso? Às vezes, quando tento colocar minhas opiniões tenho a impressão de tentar explicar concordância verbal para um analfabeto. Nunca consigo.
Me disseram que nem sempre as pessoas querem aceitar o que você tem a dizer, mesmo que seja para o bem delas. Porque, talvez, você não esteja legitimado para isso. Elas só aceitarão uma crítica construtiva de alguém que ELAS considerem legítimo para tal, mesmo sendo você o melhor amigo. E existe ainda, nisso tudo, a questão da auto estima. Um monte de gente anda com a auto estima lá embaixo, se você vai falar algo que elas não querem ouvir, apontar-lhes um erro qualquer, aí já era.
Convivo com pessoas que têm postura muito diferente da minha, e só eu sei como é desgastante. Por exemplo, outro dia, falávamos sobre banda larga, Tv por assinatura, etc. A maioria faz gato. gato velox, gato net e até ouvi um gato Sky. O mais louco nisso, é que eles riam e se vangloriavam de seus gatos. Um deles demonstrou orgulho de ter um gato Net e sorria, se achando O fodão.
Confesso que, se precisasse fazer qualquer tipo de gato, seja pra banda larga, TV ou energia elétrica, teria vergonha. Assim como teria vergonha de roubar, de mentir, enganar. Ou não é a mesma coisa??? Se não compro nem DVD pirata!
Agora, se eu não estivesse equilibrada naquele momento da conversa, já teria arrumado outro inimigo. Preferi não participar nem me expor, apenas ouvi sobre as "vantagens" de ter os gatos. Mas confesso que não resiti e dei uma pequena alfinetada, baixinho, que talvez alguém tenha escutado: gato por gato, prefiro o meu, o Chiquinho, felino, carinhoso e verdadeiro.

O lixo e a teoria do caos

Outro dia no almoço, conversávamos sobre as pessoas que jogam lixo na rua. Aquelas que dispensam garrafinhas, latinhas e papéis pelas janelas dos carros e dos ônibus. Perguntávamo-nos por que diabos elas faziam isso, e aí meu colega explicou com a teoria do caos: aquela que diz que o universo tende a se desorganizar por si só, por isso é mais fácil desarrumar, desconstruir, sujar, etc.
Mas depois veio outra questão. Por que ninguém joga lixo no chão das estações do metrô? Porque estão sempre limpinhas, um respondeu. Mas estão sempre limpinhas porque ninguém joga ou porque o pessoal da limpeza está sempre varrendo tudo? Outro colega disse que no metrô tem câmeras, então as pessoas se controlam porque são vigiadas. Um quarto colega disse que viu, num hospital público, pessoas jogando papel no chão, coisa que não viu quando esteve pouco tempo depois, num hospital particular, desses mais conhecidos. Alguém vai falar da falta de educação, que a maioria dos que frequentam um hospital público vêm de uma camada mais
baixa da sociedade, portanto, não são educados... será?
Aí eu lembrei de um fato ocorrido semanas atrás. Estava num ônibus, sábado à tarde, na Av. Rio Branco e ia descer na Carioca. Não havia quase ninguém na rua, e o motorista parou num sinal, terminando de beber sua garrafinha de água. Então ele colocou o braço pra fora da janela e ficou ali, paradão, com a garrafa já vazia na mão esquerda. Pensei: ele vai jogar a garrafa pela janela. Ele olhou a rua o tempo todo em que o sinal estava vermelho pro trânsito. Parecia pensativo, olhou, olhou, mas não jogou. NÃO JOGOU! Fiquei boba, já arrependida por ter "previsto" o ato de falta de educação do cara. O sinal abriu, ele guardou a garrafa no cantinho, passou a marcha e seguiu em frente. Então, reparei que aquele pedaço da Rio Branco estava limpo, parecia ter sido varrido pelos garis, e não havia ninguém passando naquele momento. Será que aquela visão de limpeza inibiu o motorista?
Quem sabe a simples visão da organização teria o poder de inibir o caos (no nosso caso, o ato de sujar um local). Bem, as estações do Metrô são claras, espaçosas, elas passam a sensação de bem organizadas. Um hospital particular, no caso o que o meu colega citou, é bonito, bem decorado, tem harmonia entre espaço e forma e sendo assim, também dá a sensação de organização visual. A Rio Branco, naquele dia e pelo menos naquele ponto, estava organizada, nenhum papel no chão, os carros estacionados bonitinhos, nenhum em local proibido, nenhuma barraca de camelô, enfim.
Torço para que o poder público faça uma reforma na Central do Brasil, por exemplo. Deixem a Central como o Metrô, o mais parecido possível, para testar a teoria de que essa organização visual impõe respeito. Claro que só isso não resume a questão nem vai resolver, pois basta um pra começar a sujar. E acredito, ainda, que haja mais fatores para dar corda nessa nossa vã filosofia.
Ficamos refletindo durante um tempo, mas infelizmente não chegamos a nenhuma conclusão, a não ser a de que, realmente, alguns seres humanos se esforçam mais do que outros pra não deixar o caos dominar o planeta. Ainda somos minoria, mas quem sabe daqui a um tempo...