6 de junho de 2009
Nossa convivência com as posturas alheias
Convivência é uma coisa complicada. Não deveria, mas é, e às vezes, dificílima. Para pessoas que têm um certo "pavio curto", que se estressam com coisas que consideram desagradáveis, erradas ou desrespeitosas, é quase impossível se controlarem para não dizerem o que pensam. Porque, se disserem, vão gerar os conhecidos problemas de inimizade, retaliação, etc. Quem é chamado à atenção não gosta, e não gosta porque quase sempre não tem a noção de que está realmente errado. Alguns vão encarar como perseguição pessoal, outros simplesmente vão deixar prá lá julgando-se corretos, apesar de saberem que não estão, mas por orgulho nunca vão admitir.
Outro dia chamei minha chefe à atenção, ela estava fazendo algo que eu considerei ruim e, principalmente porque estava, na melhor das hipóteses, me atrapalhando. Bastou para que eu me tornasse a inimiga nº 1, aquela que "está querendo derrubá-la".
Como se lida com isso? Às vezes, quando tento colocar minhas opiniões tenho a impressão de tentar explicar concordância verbal para um analfabeto. Nunca consigo.
Me disseram que nem sempre as pessoas querem aceitar o que você tem a dizer, mesmo que seja para o bem delas. Porque, talvez, você não esteja legitimado para isso. Elas só aceitarão uma crítica construtiva de alguém que ELAS considerem legítimo para tal, mesmo sendo você o melhor amigo. E existe ainda, nisso tudo, a questão da auto estima. Um monte de gente anda com a auto estima lá embaixo, se você vai falar algo que elas não querem ouvir, apontar-lhes um erro qualquer, aí já era.
Convivo com pessoas que têm postura muito diferente da minha, e só eu sei como é desgastante. Por exemplo, outro dia, falávamos sobre banda larga, Tv por assinatura, etc. A maioria faz gato. gato velox, gato net e até ouvi um gato Sky. O mais louco nisso, é que eles riam e se vangloriavam de seus gatos. Um deles demonstrou orgulho de ter um gato Net e sorria, se achando O fodão.
Confesso que, se precisasse fazer qualquer tipo de gato, seja pra banda larga, TV ou energia elétrica, teria vergonha. Assim como teria vergonha de roubar, de mentir, enganar. Ou não é a mesma coisa??? Se não compro nem DVD pirata!
Agora, se eu não estivesse equilibrada naquele momento da conversa, já teria arrumado outro inimigo. Preferi não participar nem me expor, apenas ouvi sobre as "vantagens" de ter os gatos. Mas confesso que não resiti e dei uma pequena alfinetada, baixinho, que talvez alguém tenha escutado: gato por gato, prefiro o meu, o Chiquinho, felino, carinhoso e verdadeiro.
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Viva os gatos reais
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