Tenho lido ultimamente, declarações esquisitas a respeito da liberdade sexual dos cidadãos, do Brasil e do mundo e mais precisamente, dos cidadãos gays. Recebi um e-mail relatando a declaração do Secretário de Estado do Vaticano, cardeal Tarcisio Bertone, que afirmou na segunda-feira (12/04/2010) que é o “homossexualismo” (sic), e não o celibato, que deve ser relacionado à pedofilia.
Então tá, a culpa é toda dos gays, afinal, alguém tem que assumir isso.
O Brasil é um dos países onde mais se assassinam homossexuais. Chamar um cara de viado é pior do que xingar a sua mãe. Se ele é traído pela mulher, ganha chifres, vira corno e, se não der o troco, também pode ser considerado gay.
Estou cansada de discriminações, de viver essa inversão de valores, pois sei que, em alguns lugares um assassino talvez seja mais respeitado que um gay.
Aí veio também o deputado Jair Bolsonaro fazer coro a um general estúpido, dizendo ser inaceitável que os gays atuem nas forças armadas. Eles até podem ter outra profissão, mas quartel é "coisa de macho".
Existem gays que, certamente, não deviam estar num quartel, assim como milhares de heterossexuais. Até porque, na minha concepção, quartel é coisa de maluco. Mas pensamentos assim me assustam profundamente, pois até quando vai existir esse desrespeito a vida sexual de um ser humano?
O cardeal, na sua infeliz declaração, devia estar fazendo uma referência aos escabrosos fatos ocorridos na igreja católica, à pedofilia generalizada que lá se instalou desde que os primeiros padres abriram mão dos seus votos de celibato. Mas, dizendo isso, deu um tiro no próprio pé, pois pelo seu texto subentende-se que todos os praticantes pedófilos da igreja sejam também gays!
Definitavamente, cada vez mais concordo com aquele papo de que a religião é o freio do mundo, pois já vi homossexuais irem à igreja católica para se confessar. Ficava imaginando qual o grande pecado que contavam aos padres no escuro do confessionário. Se, para a igreja o homossexualismo é pecado, como deveriam ser as suas vidas tendo que lidar com isso o tempo todo...
Talvez os crentes encontraram uma solução melhor. Um que conheci e sendo gay, pagava rigorosamente o dízimo ao pastor. Ele acreditava seriamente que aquele dinheiro "compraria um pedacinho do céu", e dessa forma, podia continuar com seu homossexualismo sem tantos medos. Pra cada cara que ele ficasse, devia haver um tipo de cálculo, uns poderiam custar mais que outros e assim, o pastor enchia os bolsos enquanto ele esvaziava sua culpa.
19 de abril de 2010
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