7 de fevereiro de 2010

Paquetá

Inspirada na minha amiga que fez um cruzeiro no reveillon, animei-me a fazer um passeio pelo mar também, só que de barca e a Paquetá. Isso mesmo, Paquetá, pra reviver momentos da minha infância e da mais singela alegria.
Eu e mais 5 amigas chegamos à Praça XV em cima da hora da barca partir, e aquela fila imensa não nos desanimou. Felizes, tomamos nosso lugar em pé, já que não havia mais lugares disponíveis pra sentar. Também não houve desânimo, nem pelo atraso da partida e nem pelo calor. Espantei-me de ver tanta gente indo pra lá, não imaginava que Paquetá estivesse com essa bola toda.
Andar pela barca até encontrar um canto pra ficar foi chatinho. Era gente passando pra cima e pra baixo, inclusive os ambulantes que pareciam se multiplicar lá dentro.
A barca era daquelas antigas, janelinhas de madeira tosca por onde enfiávamos nossas cabeças pra apreciar o mar, as gaivotas e, quem sabe, algum golfinho. Lembramo-nos de quando éramos crianças e víamos os golfinhos acompanharem as barcas nadando ao lado, e por causa disso o símbolo da bandeira do Rio de Janeiro são dois deles. Mas não havia mais golfinhos. A impressão que eu tive era de que toda a água da Baia de Guanabara fora substituída pelo óleo dos barcos e navios, e põe navio nisso.
Uma hora e dez minutos de viagem e chegamos em terra firme. Paquetá é mesmo muito lindinha, embora a prefeitura pudesse e devesse fazer um upgrade na cidade. Algumas ruas esburacadas, terra e poucas obras que pareciam inacabadas. Mas tudo era um charme só, mesmo com a sensação de abandono.
Apesar de passar por aquelas praias tão bonitas debaixo daquele sol todo, ninguém pensou em entrar na água. Mesmo depois que algum órgão, competente ou não, disse que estavam liberadas para o banho. Claro que tinha bastante gente se aventurando, mas não tivemos animação para tanto, exceto sentar na calçada e tomar uma cervejinha gelada.
No mais, muitas fotos, muita conversa e um almoço bacana numa casa de cultura lindíssima, à sombra de muitas árvores.
A volta para a estação das barcas foi de charrete, um veículo que eu fazia questão de utilizar quando minha mãe me levava lá a passeio. De certa forma, pelo menos os cavalos pareciam ser mais bem tratados, diferente dos pangarés que eu vi na minha infância.
Tudo muito tranquilo, todo mundo feliz, passeio de hora marcada e, quem sabe, volto a Paquetá antes de ficar velhinha.

O velho pier abandonado, uma pena...

Mas o visual...

Coisas inusitadas que só vemos em lugares inusitados

Os golfinhos que nadavam ao lado das barcas transformaram-se em estátuas

Ângulo bacana

Moradores tranquilinhos, o tempo parece não passar para eles

Apesar do óleo da baía...

Ficaria o dia inteiro olhando isso e pintando um quadro

O guardião da Casa de Culura de Paquetá

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