12 de maio de 2009

A supervisora - parte 2

Voltando à supervisora...
Gostaria de saber o que leva uma empresa que tem em torno de 90 clientes, a colocar uma pessoa num cargo para o qual ela não está preparada, apesar de estar trabalhando nessa empresa por mais de 8 anos!
Fico observando sua postura nada profissional. Não tem noção de como as coisas são feitas dentro da própria seção para a qual foi promovida. Não tem noção do planejamento que os funcionários têm que cumprir, nem colabora para que tal seja efetivado.
Sabe aquela pessoa que é a última a chegar e a primeira a querer ir embora? Aquela que adora delegar funções que ela mesma pode resolver, mas mesmo assim prefere incomodar quem já está lotado de trabalho? Se ela colaborasse com a equipe, usando todos os minutos que fica na internet, ou pendurada no telefone tratando (ou fofocando) assuntos pessoais, certamente nenhuma hora extra seria exigida de quem já trabalha o suficiente, e bem mais do que ela.
Aos novos funcionários contratados, ela prefere falar mal dos demais, pouco se importando com o treinamento que deveria dar. Com o sujeito que ela julga mais interessante, noto o climão da paquera. O cara é noivo, e ela é casada!
Assim a coisa anda, e aonde vai parar, não tenho a menor idéia. Só interpreto isso como um ponto em comum com vários outros onde percebo essa falta de profissionalismo latente.
Venho conversando com muitas pesssoas e a queixa é a mesma: como os serviços estão precários! Como somos mal atendidos e mal representados, e isso vai desde qualquer empresa de telefonia, por exemplo, até o atendimento em um hospital particular (nem cito os públicos, porque isso já é notório). Estou falando de serviços em geral, seja um atendente de balcão de lanchonete até um médico fodão que não se compromete com a vida de quem está ali dependendo dele.
Porque as coisas ficaram desse jeito? Vejo estudantes que não dão a mínima para o que estão aprendendo, sem se importar que, no futuro, vão precisar dessas lições de sala de aula. E estudantes da rede púbica e privada, do fundamental à universidade. Quando me deparo com algum estágiário e percebo sua falta de informação, me dá vontade de perguntar: tá fazendo o que aí, cara?"
Esse é o Brasil que a minha geração construiu? E como vai ser daqui pra frente? Quantas supervisoras vão ficar atrás dos monitores limpando seus salões enquanto a galera rala para cumprir suas metas? E essa galera, desde quando se tornou tão omissa?
Vejo como isso se reflete em tudo que nos cerca, gerando uma imparcialidade generalizada. Não nos comovemos mais com balas perdidas, apesar delas ainda nos assustarem, já consideramos "normal" um roubo aqui e outro lá no senado, nos calamos vendo alguém jogar lixo na rua, e por aí vai...
Bem, estou meio revoltada, faz parte. Quando a gente enxerga certas coisas, fica assim mesmo, mas prefiro postar aqui essas indignações do que me sentir tão omissa quanto a galera. Bem fez o Marcelo D2, escolheu a música certa no momento certo, tão certo que já está se arrastando sem previsões de melhores mudanças.

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